Um Marco na Saúde Global

Após intensas negociações que duraram mais de três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) conquistou um avanço significativo na luta contra pandemias. Os países membros se uniram em um compromisso sólido para aumentar a segurança global em saúde pública.

EUA: Um Fator Ausente

Embora os esforços tenham sido significativos, os Estados Unidos, tradicionalmente o maior financiador da OMS, deixaram as discussões após o governo de Donald Trump iniciar um processo de retirada da agência. Com isso, o país não é parte do acordo, mas como destacou Nina Schwalbe, fundadora do think tank Spark Street Advisors, 'esse é um momento histórico que prova que, com ou sem os EUA, a comunidade internacional está comprometida com o multilateralismo'.

Um Novo Capítulo na História da OMS

Este acordo só é a segunda vez em 75 anos de história da OMS que os países chegam a um consenso vinculante, o primeiro foi em 2003 com o pacto sobre controle do tabaco. Isso demonstra um avanço significativo na forma como o mundo colabora em situações críticas.

Desigualdade na Saúde: Uma Questão Urgente

Previsto para ser ratificado pela Assembleia Mundial da Saúde em maio, o pacto aborda as desigualdades sistêmicas que existem na distribuição de medicamentos e vacinas. Um dos pontos mais inovadores é o artigo nove, que exige que os governos implementem políticas nacionais que garantam acesso equitativo em acordos de pesquisa e desenvolvimento. Essa é a primeira vez que um acordo internacional de saúde aborda explicitamente a acessibilidade de tratamentos relacionados a pandemias.

A Expectativa é Alta

Com a implementação desse acordo, a expectativa é que o mundo esteja mais preparado para futuras crises sanitárias e que todos, independentemente de sua localização, tenham acesso a medicamentos e vacinas essenciais. Esta é uma vitória para a saúde global e uma clara demonstração de que a colaboração internacional é vital para enfrentar os desafios da saúde pública.