As ações da Azul Linhas Aéreas tiveram um aumento impressionante de mais de 9% após a companhia anunciar um significativo acordo de financiamento com seus credores. Esta medida faz parte de um esforço abrangente de reestruturação que visa fortalecer o caixa e aliviar as preocupações dos investidores em relação à saúde financeira da empresa.

Com o novo acordo, a companhia aérea receberá US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 854,5 milhões) nesta semana, e outros US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) até o final do ano. Isso totaliza um montante de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) que a Azul está buscando levantar para melhorar sua liquidez e capacidade operacional.

Além disso, a Azul destacou que o acordo pode incluir um adicional de US$ 100 milhões (R$ 569,7 milhões) em financiamento e uma possível troca de dívida por ações que pode alcançar até US$ 800 milhões (R$ 4,6 bilhões), caso a empresa consiga otimizar seu fluxo de caixa e reduzir custos em cerca de US$ 100 milhões anualmente.

No início deste mês, a Azul já havia firmado um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos, no qual a companhia trocou cerca de R$ 3 bilhões em obrigações de dívida pela emissão de novas ações. Essa ação antecipada foi vista como uma forma vital para fortalecer a estrutura financeira da empresa em um momento de grandes desafios na indústria de aviação, agravados pela pandemia.

"Estamos muito otimistas com essa nova fase, pois isso nos permitirá realizar uma desalavancagem rápida e essencial para a Azul", afirmou John Rodgerson, presidente-executivo da companhia. Ele ressaltou que as negociações com arrendadores e fabricantes como Embraer, Airbus, GE e Pratt & Whitney são parte da estratégia para atingir os objetivos de redução de custos.

Apesar da diluição de capital que esses acordos possam trazer, Rodgerson minimizou as preocupações dos investidores: "É preferível ter uma fatia menor de um negócio mais robusto", disse.

Além desse acordo inovador, a Azul informou que também implementará medidas para melhorar seu fluxo de caixa em US$ 150 milhões (R$ 854,5 milhões) nos próximos 18 meses ao renegociar certas obrigações com arrendadores e fornecedores de equipamentos. Essa ação, somada ao recente financiamento, promete colocar a empresa em uma posição mais sólida para enfrentar os desafios futuros e expandir suas operações.