A Verdade Chocante sobre os Saquinhos de Chá: Milhões de Microplásticos em Nossas Bebidas!
2024-12-21
Autor: Mariana
Um estudo alarmante da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) revelou que os populares saquinhos de chá estão liberando milhões de microplásticos durante a infusão. Publicada na respeitada revista *Chemosphere*, a pesquisa mostra, pela primeira vez, que essas partículas minúsculas podem ser absorvidas pelas células intestinais humanas, potencialmente infiltrar-se na corrente sanguínea e disseminar-se pelo corpo.
Os microplásticos, definidos como fragmentos de menos de 5 mm, vêm despertando a preocupação crescente da comunidade científica. Recentemente, uma pesquisa da Universidade do Novo México identificou níveis significativos de microplásticos em cérebros analisados após autópsias, representando, em média, 0,5% do peso dos órgãos. Isso levanta questões sérias sobre os efeitos a longo prazo dessas partículas em nossa saúde.
Estudos revelam que os humanos estão sendo expostos a microplásticos de várias formas, principalmente através de produtos químicos utilizados na fabricação de plásticos e pela presença dessas partículas no ar, na água e nos alimentos. Os riscos associados à saúde ainda estão sendo desvendados, mas associações significativas já foram encontradas entre microplásticos no coração e doenças cardiovasculares.
Um estudo chocante também apontou a presença de microplásticos nos órgãos genitais de 80% dos homens que receberam tratamento para disfunção erétil, além de detecções em esperma, testículos, pulmões, placenta e até medula óssea. Isso levanta um sinal de alerta sobre a presença de microplásticos em áreas cruciais do nosso corpo.
Na pesquisa da UAB, os cientistas analisaram saquinhos de chá compostos por polpa de nylon-6, polipropileno e celulose, amplamente comercializados, e descobriram que durante o preparo da bebida, uma enorme quantidade de microplásticos era liberada. Os saquinhos de polipropileno liberaram, em média, 1,2 bilhão de partículas por mililitro, com um tamanho médio de 136,7 nanômetros. Em comparação, os de celulose liberaram cerca de 135 milhões de partículas por mililitro, enquanto os de nylon-6 liberaram 8,18 milhões de partículas.
Alba Garcia, uma das autoras do estudo, enfatizou a importância de padronizar métodos de teste para avaliar a contaminação por microplásticos e nanoplásticos provenientes de materiais plásticos em contato com alimentos. "À medida que o uso de plástico em embalagens de alimentos continua a crescer, é essencial lidar com a contaminação para garantir a segurança alimentar e proteger a saúde pública", afirmou.
Esse estudo não só lança luz sobre um problema silencioso, mas também destaca a urgência de reformular as diretrizes sobre o uso de plásticos, especialmente em produtos consumidos diariamente, como o chá. O que você acha sobre isso? Estamos realmente seguros do que consumimos?