Na madrugada do dia 21 de dezembro, um acidente horrível na BR-116 em Teófilo Otoni, Minas Gerais, chocou o Brasil ao deixar 39 mortos. O motorista da carreta envolvida nesta tragédia foi preso no Espírito Santo no dia 21 de janeiro. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fez o anúncio em suas redes sociais, ressaltando a gravidade da situação.

O suspeito, cuja identidade não foi revelada, teve um mandado de prisão expedido após testes de urina apontarem a presença de álcool, cocaína e ecstasy em seu organismo no momento do acidente. O pesado veículo, que transportava um bloco de granito, colidiu frontalmente com um ônibus que transportava 45 passageiros em direção à Bahia.

Em busca de justiça

A defesa do motorista ficou surpresa com a prisão preventiva, argumentando que o cliente colaborou com as investigações e não eram necessárias medidas tão drásticas. "Acreditamos que medidas cautelares adequadas seriam suficientes para garantir o andamento do processo", afirmou o advogado. A defesa também ressaltou que o motorista levava uma vida normal na sua cidade, o que, segundo eles, é uma prova de sua intenção de não obstruir as investigações.

Após o acidente, que deixou o motorista em estado de pânico, ele se entregou à polícia dois dias depois, em 23 de dezembro, acompanhando de advogados, e foi liberado imediatamente. No entanto, as análises realizadas mostraram que ele apresentava sintomas de embriaguez, além de ter fugido do local da colisão.

Divergências sobre os dados do acidente

As investigações apontam que, além do uso de substâncias ilícitas, o veículo estava sobrecarregado e o motorista não cumpriu as condições adequadas para o transporte de cargas. O juiz responsável pelo caso, Danilo de Mello Ferraz, determinou a prisão considerando a ausência do motorista no local do acidente e as circunstâncias que cercam a tragédia.

Um aspecto curioso e alarmante é que a polícia teve dificuldade em realizar um número exato de vítimas. Em coletiva, ficou claro que a contagem oficial de mortos apresentou divergências, o que gerou confusão sobre o número de sacos mortuários e sobreviventes do ônibus, levando a aspectos emocionais ainda mais intensos para as famílias das vítimas.

Investigação em andamento

O acidente está sendo profundamente investigado pela Polícia Civil, que utilizou tecnologia moderna como scanner 3D para reconstituir a dinâmica do acidente e compreender melhor o que de fato ocorreu. Está em curso uma análise rigorosa para esclarecer a responsabilidade e as condições que levaram a essa tragédia sem precedentes.

A tragédia na BR-116 serve como um lembrete sombrio sobre a segurança nas estradas brasileiras e a importância de conscientização sobre as consequências do uso de substâncias durante a condução de veículos pesados. A situação continua a ser acompanhada de perto por familiares das vítimas, pela sociedade e também por órgãos de justiça.