Esportes

A Seleção Brasileira: De Orgulho Nacional a Uma Sombra do Que Era

2024-09-15

A seleção brasileira de futebol, que outrora era uma verdadeira instituição nacional, um orgulho para milhões de brasileiros, passou a ser um tema de desilusão e frustração. As disputas entre torcedores paulistas e cariocas, que sempre contavam a quantidade de jogadores convocados de seus times, parecem agora pertencer a um passado distante, onde o Santos, seguido pelo Botafogo, dominava as convocações.

Nos tempos de glória, jogadores de outros estados, como os do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e o Nordeste, lutavam desesperadamente por uma oportunidade nas equipes tradicionais de São Paulo e Rio de Janeiro. Essa realidade foi abruptamente quebrada em 1966, quando Tostão e Alcindo se tornaram as famosas zebras que desafiaram a lógica considerada então inquestionável.

Atualmente, a situação é bem diferente. O que parecia inconcebível no passado, agora é comum: qualquer jogador pode vestir a icônica camisa amarela, independentemente de sua origem. Jogadores que atuam em ligas europeias sem expressão, como João Gomes e Bruno Guimarães, passaram a serem convocados, enquanto talentos genuínos, como Vinícius Júnior, Endrick e Rodrygo, ficam relegados e sem oportunidades no ataque, desamparados por um meio campo cada vez mais pobre em criatividade.

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, a seleção se apresenta como uma mera coadjuvante, sem brilho, tristemente cumprindo tabela, recordando os dias em que era considerada uma potência do futebol mundial.

E essa decadência não se limita apenas ao futebol, mas reflete uma tendência mais ampla em diversos esportes brasileiros, onde a paixão e o talento parecem ter sido esquecidos. Enquanto o turfe no Brasil, outrora um espetáculo vibrante, agora se resume a pequenos grupos de românticos e saudosistas que ainda se reúnem em torno das corridas de cavalos, o mesmo triste destino parece pairar sobre o nosso amado futebol. O que será necessário para recuperar a grandeza perdida? Até quando os apaixonados pelo esporte mais popular do Brasil poderão tolerar essa realidade insatisfatória?