Após a sua posse para o segundo mandato como prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo gerou controvérsias ao declarar que qualquer um pode apoiar ditaduras sem ser processado, enfatizando a liberdade de expressão. A fala provocou uma onda de vaias da oposição durante seu discurso, repercutindo amplamente nas redes sociais e meios de comunicação.

Na manhã seguinte, em uma série de visitas do programa Mais Comunidade, Melo reiterou seu compromisso com a democracia, expressando sua preocupação em ver que as leis são controladas por aqueles que governam a cidade. Ele citou uma frase do tropeiro Honório Lemes, que em 1895 sonhava com um país onde as leis governariam os homens, em vez de serem controladas por eles.

Melo também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições, alegando que tais órgãos interpretam as leis de acordo com suas conveniências. Para ele, é problemático distorcer ou tirar do contexto qualquer declaração de autoridades.

Durante as visitas, ele expressou sua frustração com o que considera um desvio nas discussões políticas, mencionando que tanto a esquerda quanto a direita têm suas próprias razões para defender certos regimes autoritários, incluindo os de Nicolás Maduro e Fidel Castro, além da ditadura militar no Brasil. No entanto, Melo se posicionou claramente ao afirmar que não apoia nem condena nenhuma das ditaduras mencionadas, alegando que sua defesa se baseia na liberdade de expressão que todos devem ter, inclusive os que defendem regimes controversos.

Além disso, Melo abordou o que considera um "assassinato da democracia" quando parlamentares são processados por suas opiniões, mesmo que estas possam ser consideradas excessos. Ele defendeu que a liberdade de expressão é um direito fundamental que não deve ser restringido, afirmando que todos, independentemente da ideologia, devem ter a liberdade de se expressar.

A polêmica em torno das declarações de Melo levanta questões cruciais sobre o futuro da democracia no Brasil, especialmente em um cenário político polarizado e cheio de tensões. Como a sociedade reagirá a essa perspectiva sobre a liberdade de expressão e a maneira como se lidam com as opiniões divergentes?