Tecnologia

A Inteligência Artificial vai Roubar Seu Emprego? Descubra a Verdade aqui!

2025-04-07

Autor: Pedro

Nos próximos anos, o impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho será inegável. Embora muitos acreditem que as máquinas possam substituir quase todas as funções humanas, essa mudança será gradual e levará décadas, possivelmente até o século 22. A inquietação sobre essa substituição, no entanto, já inquieta a população brasileira. Um estudo recente da Page Interim revela que três em cada quatro trabalhadores no Brasil temem perder seus empregos para uma IA. A pesquisa ouviu 5.354 profissionais de vários países da América Latina, incluindo Argentina, Chile, e México.

Mas será que esse medo é justificado? A resposta depende da área de atuação. Existem profissões mais suscetíveis a mudanças rápidas, especialmente aquelas que envolvem tarefas repetitivas e com baixo nível de interação social. Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que 40% dos empregos atuais estão em risco em um futuro próximo. Contudo, vale lembrar que, de acordo com um estudo do MIT, não estamos, por enquanto, em um cenário de automação total. As tarefas que correm maior risco incluem atividades de baixo conteúdo cognitivo, como redações e traduções, mas as funções que demandam habilidades manuais, como dobrar roupas, estão mais protegidas.

O debate sobre automação também envolve a inevitável evolução das profissões. O relatório Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial prevê que até 2027, haverá a criação de 69 milhões de novos postos de trabalho, enquanto outros 89 milhões poderão desaparecer. Essa transição resultará em um desafio equilibrar as oportunidades e as perdas no mercado.

Para os profissionais que desejam se manter relevantes, existem dois caminhos fundamentais. O primeiro é integrar as ferramentas de IA em sua rotina. Segundo um artigo que escrevi junto à colega Egle Spinelli, isso envolve desenvolver um conhecimento que chamei de "literacia generativa" — ou seja, ser capaz de utilizar essas tecnologias como um diferencial competitivo. Afinal, será mais fácil ser substituído não por uma máquina, mas por um ser humano que souber utilizar a tecnologia de maneira mais eficaz.

O segundo caminho é a reinvenção contínua, focando em habilidades que a IA ainda não domina, como pensamento crítico e inteligência emocional. Autores do meio acadêmico e empresarial concordam que a reinvenção profissional e transições de carreira se tornarão uma realidade cada vez mais comum. Como afirmou Andreas Schleicher, diretor da OCDE: "No passado, aprendemos a fazer o trabalho. No futuro, aprender será o trabalho."

Portanto, a inteligência artificial não é apenas uma ameaça, mas também uma oportunidade. A chave para prosperar nesse novo panorama é adaptar-se e se reinventar constantemente. Fique atento, pois o futuro do trabalho está apenas começando!