
A Guerra Tarifária entre EUA e China pode Arrasar a Economia de Minas Gerais
2025-04-16
Autor: Fernanda
Minas Gerais em Perigo: R$ 1 Bilhão Menos no PIB!
Um estudo alarmante do Cedeplar da UFMG revela que a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China pode custar a Minas Gerais impressionantes R$ 1,1 bilhão em perdas econômicas. Publicada recentemente, a pesquisa analisa os impactos das tarifas exorbitantes anunciadas até o dia 11 de abril.
Impactos Diretos da Guerra Comercial
Os pesquisadores, Edson Domingues, João Pedro Revoredo e Aline Magalhães, detalham que as tarifas dos EUA sobre importações chinesas subiram a insustentáveis 145% para produtos específicos e a 10% em geral. Em resposta, a China impôs uma taxação de 125% sobre produtos americanos, exacerbando a crise.
Minas seria o terceiro estado mais afetado, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, que enfrentariam perdas ainda maiores – R$ 4,1 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente.
Setores em Alarmante Declínio
Os danos em Minas Gerais são mais evidentes na agropecuária, que sofreria uma queda de 0,78% no PIB setorial. A indústria de transformação seguiria com uma redução de 0,28%, enquanto a construção civil teria uma queda de 0,24%. Os setores de transporte e indústria extrativa também não escapariam, ambos com perdas de 0,16%.
A Visão dos Especialistas
O professor Edson Domingues salienta que a severidade das tarifas se concentra na indústria, e que isso pode precipitar uma recessão global. "Estamos falando de enormes perdas na produção e exportação de commodities vitais, como minério de ferro e petróleo, produtos que são cruciais para a economia de Minas e outros estados!"
Importações em Alta: O Efeito Colateral
Na contramão das perdas, Domingues aponta que o bloqueio do mercado chinês para produtos americanos pode resultar em um 'boom' nas importações de diversas mercadorias. Embora isso possa ajudar a controlar a inflação, a substituição de produção local por importações é uma faca de dois gumes!
Oportunidades à Vista para Outros Estados
Curiosamente, estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, podem sair ganhando. Projeções sugerem que o PIB do Mato Grosso pode aumentar R$ 5,3 bilhões, seguida por ganhos significativos em outros estados, como Maranhão e Piauí, devido a mudanças nas dinâmicas de comércio internacional.
Rumo à Desindustrialização?
O pesquisador João Pedro Revoredo adverte que essa guerra tarifária pode desencadear uma desindustrialização no Brasil, já que estados altamente industrializados como Minas e São Paulo enfrentam as maiores perdas. A solução? Redefinir relações comerciais e buscar novos parceiros que não apenas compitam com a produção primária.
Estatísticas que Falham em Silenciar o Alarme
Minas Gerais, apesar de tudo, teve um superávit comercial de US$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre, impulsionado principalmente pela exportação de café e minério de ferro. No entanto, essa aparente saúde econômica pode ser ameaçada se a guerra tarifária continuar a escalar.
Conclusão: Uma Nova Era de Comércio?
Com um intenso cenário de tensões comerciais e as taxas de importação, a busca por um novo equilíbrio nas relações comerciais é mais urgente do que nunca. Este é um momento crítico que pode definir o futuro econômico de Minas e do Brasil!