Saúde

A Ameaça Silenciosa: Como as Superbactérias Podem Estar Prestes a Matar Mais de 39 Milhões até 2050!

2024-09-17

Um estudo alarmante publicado na respeitada revista científica The Lancet revela que as superbactérias podem ser responsáveis pela morte de mais de 39 milhões de pessoas até 2050. Essa análise global destaca um aumento significativo do risco entre as pessoas idosas, tornando a situação ainda mais crítica.

As superbactérias são microrganismos que conseguem desenvolver resistência a múltiplos antibióticos, o que torna o tratamento de infecções extremamente complicado e, em muitos casos, impossível. Essa resistência se forma quando as bactérias sofrem mutações ou assimilam genes de outras, adquirindo uma defesa poderosa contra os medicamentos. O uso inadequado e excessivo de antibióticos em seres humanos e em rebanhos animais tem acelerado essa resistência, criando um efeito em cadeia que resulta em bactérias cada vez mais adaptadas.

O estudo aponta que, embora tenha havido uma diminuição das mortes ligadas à resistência a medicamentos (RAM) entre crianças pequenas, em virtude de melhorias em vacinas e higiene, o panorama é preocupante para os idosos. Até 2050, a RAM poderá resultar em aproximadamente 1,91 milhão de mortes anuais, um aumento alarmante em relação aos números de 2021.

A análise, que abrange dados de 204 países e territórios, conclui que a adoção de medidas preventivas e o desenvolvimento de novos antibióticos são cruciais para evitar milhões de mortes. Os pesquisadores fazem um apelo por investimentos internacionais na luta contra essa crescente crise de saúde pública.

"Cerca de três quartos das infecções relacionadas à RAM estão associadas a infecções hospitalares. Uma população em rápido envelhecimento demanda mais atenção médica, e isso é um campo fértil para o aumento da resistência aos medicamentos", afirmou o Professor Dr. Tomislav Meštrovic, da Universidade do Norte da Croácia, um dos principais autores do estudo.

Além disso, ele apontou que as vacinas frequentemente são menos eficazes em idosos, aumentando assim a sua vulnerabilidade a infecções resistentes. Regiões como o sul da Ásia — incluindo Índia, Paquistão e Bangladesh —, juntamente com a África Subsaariana, são as mais indicadas a enfrentar um aumento nas mortes devido à RAM. No entanto, a melhoria no acesso a cuidados médicos e ao uso racional de antibióticos pode fazer uma grande diferença nessa triste realidade.

Diante dessa ameaça silenciosa, é essencial que governos e instituições de saúde tomem medidas urgentes para frear esse crescimento desenfreado das superbactérias, que pode transformar um problema de saúde pública em uma verdadeira catástrofe global!