Ciência

65 milhões de pessoas sofrem com essa condição neurológica! Saiba mais!

2025-03-31

Autor: Matheus

A epilepsia é uma condição neurológica bastante comum, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Caracterizada por descargas elétricas irregulares no cérebro, as crises epilépticas podem ser desencadeadas por uma série de fatores, incluindo tumores, lesões cerebrais, genética e traumas. No Brasil, estima-se que cerca de 65 milhões de pessoas convivam com a epilepsia, conforme dados da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE).

Além dos fatores já mencionados, mudanças bruscas de temperatura, consumo de álcool, uso de drogas e febre podem provocar episódios, impactando significativamente a qualidade de vida dos afetados. É fundamental o reconhecimento e a compreensão da condição não apenas por familiares, mas também pela sociedade em geral.

A neurologista Taissa Ferrari Marinho, secretária-geral da LBE, destaca a urgência de implementar ações educativas e políticas públicas que ofereçam apoio aos pacientes com epilepsia. Em parceria com a Associação Brasileira de Epilepsia, a LBE introduziu o Protocolo CALMA, que orienta o atendimento a pessoas durante crises convulsivas. Durante uma crise, é vital manter a calma e adotar medidas para garantir a segurança do paciente, como proteger a cabeça e remover objetos perigosos ao redor. É importante nunca tentar restringir os movimentos do indivíduo. Caso a crise dure mais de cinco minutos ou se houver múltiplas crises sequenciais, é crucial procurar ajuda médica imediatamente, acionando o SAMU (192).

Em termos de diagnóstico, a campanha Março Roxo, promovida anualmente, visa aumentar a conscientização sobre a epilepsia. O diagnóstico normalmente é realizado através de exame físico e análise do histórico do paciente, sendo vital registrar informações sobre as crises, incluindo duração e possíveis gatilhos, para obter um diagnóstico correto.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento abrangente e gratuito para epilepsia, que inclui acompanhamento médico e medicamentos para controlar as crises. Em casos mais severos, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias. O país possui 29 centros especializados que oferecem atendimento de alta complexidade para pacientes com epilepsia. Este cuidado é realizado de maneira multidisciplinar, envolvendo neurologistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, o que é essencial para tratar a condição de forma eficaz. Contudo, no início do tratamento, os pacientes frequentemente enfrentam efeitos colaterais associados aos medicamentos, o que pode complicar o processo e exigir ajustes constantes.

É importante ressaltar que, apesar dos desafios, a epilepsia é uma condição administrável. Com o terapeuta certo e o suporte adequado, muitos indivíduos conseguem levar uma vida plena e produtiva. Portanto, é essencial que haja mais conscientização sobre a epilepsia, para que as barreiras sociais e estigmas associados a essa condição sejam quebrados.