1) Você Não Está Sozinho

A depressão é uma condição que atinge cerca de 20% da população ao longo da vida. Essa doença afeta muitas pessoas que não conseguem superar o estado de tristeza profunda sozinhas e frequentemente se beneficiam de ajuda médica. O psiquiatra José Alexandre Crippa, da USP, ressalta que os pacientes devem saber que não estão sozinhos nessa luta.

Embora a origem da depressão ainda não seja completamente compreendida, fatores como traumas e estresses da vida, problemas financeiros e falta de apoio social são frequentemente citados como gatilhos.

2) A Melhora Pode Ser Lenta

Entender que a depressão é multifatorial é crucial. Às vezes, o que parece ser um problema atual pode ter raízes em experiências passadas. Por isso, esperar uma melhora imediata é uma ilusão. O tratamento pode ser complicado e demorado.

Os medicamentos não transformam instantaneamente a disposição e a felicidade das pessoas. Eles aliviam os sintomas, permitindo que os pacientes retomem suas vidas. Segundo a psiquiatra Talita Rodrigues de Oliveira, ajustes nas doses e tempo para os efeitos aparecerem são comuns, e altos e baixos são esperados no processo.

3) Sintomas Podem Variar

Os sintomas da depressão são diferentes em homens, mulheres, crianças e idosos. Entre as mulheres, por exemplo, os sinais clássicos são mais comuns. Já entre as crianças, a irritabilidade e as queixas físicas, como dores de barriga, são frequentes. Nos adolescentes, sentimentos de inadequação e isolamento podem ser confundidos com a fase da idade.

Nos idosos, a depressão pode não apresentar tristeza, mas sim dores e fadiga. Isso pode ser confuso, pois os sintomas podem se assemelhar a outras condições.

4) Depressão Não É Apenas Falta de Serotonina

Embora a serotonina seja um neurotransmissor associado à depressão, afirmar que a doença é causada apenas pela falta dele é um equívoco. A psiquiatra Juliana Belo Diniz explica que a depressão surge de uma combinação complexa de fatores. Assim como a cafeína pode melhorar o foco sem significar uma ‘‘falta’’, os medicamentos antidepressivos também não precisam corrigir uma deficiência para funcionar.

5) Movimento e Alimentação São Cruciais

Mudar hábitos alimentares e aumentar a atividade física são essenciais no tratamento da depressão. Estudos indicam que uma dieta saudável e exercícios regulares podem prevenir e tratar a doença.

Os pesquisadores têm confirmado que regimes ricos em açúcar e alimentos ultraprocessados podem agravar a condição. A prática regular de exercícios aeróbicos também é uma ótima forma de melhorar a saúde mental e prevenir a obesidade.

Adotar atividades ao ar livre, garantir uma boa qualidade de sono e reduzir o tempo de tela são outras dicas que ajudam na recuperação de quem está passando por essa dificuldade.